Na
ocasião, o Governador Provincial de Benguela, Luís Nunes, disse que a homenagem a Alda Lara é a prova do grande legado deixado pela poetisa, enquanto ser que soube transformar a dor da distância, em palavras que ressoam e revelam uma alma apaixonada não só pela Pátria, mas também pela humanidade.
Luís Nunes considerou a obra da poetisa benguelense, um destaque no panorama literário de toda lusofonia, que carrega a importância das raízes, da identidade e da
essência angolana, que convida a todos a reflectir sobre o significado de estar longe de casa, as lutas internas de uma mulher e de um povo.
O governante salientou ainda que, a cooperação de Geminação entre Oeiras e Benguela embora encontrarem-se separadas pelo Oceano, estão unidas por laços históricos, culturais e acima de tudo emocionais, a exemplo da homenagem que junta hoje as duas cidades, onde a preservação e o fortalecimento das conexões são evidentes com o intercâmbio cultural e o diálogo entre as nossas comunidades.
O Governador apelou aos membros da Câmara Municipal de Oeiras e os do Governo de Benguela a aprofundarem os laços de cooperação e valorizar o poder transformador da arte e da cultura, de maneira a manter viva as palavras de Alda Lara e outros autores que marcaram a história da cultura e arte.
A cerimónia ficou igualmente marcada com a entrega simbólica do galardão da vencedora do Prêmio, Maria do Rosário, pelo Governador Provincial ao filho de Alda Lara, em
homenagem a sua mãe poetisa.
Várias intervenções como a do Presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais, a mensagem da vencedora do galardão, Maria do Rosário, do filho de Alda Lara, Pedro Lara e do patrono do prémio, Comandante Carlos Andrade, retratam sobre a vida e obra da poetisa e enalteceram a realização do evento como um contributo para a cultura angolana e não só.
A cerimónia uma promoção da Câmara Municipal de Oeiras em parceria com o Governo Provincial de Benguela, ficou ainda marcada com uma fotografia de recordação e uma visita guiada a exposição Alda Lara, que ficará permanentemente patente no Museu Nacional de Arqueologia.
Alda Lara nasceu em Benguela a 09 de Junho de 1930 e faleceu a 30 de Janeiro de 1963, destacou-se como poetisa, médica e humanista, um espelho da diáspora africana, conforme relatam os seus poemas.
